Queremos ver. Fotos não bastam. Queremos ver ao vivo, testemunhar, contemplar, estar ali. Pense nas muitas fotos que já viu dos mais variados pontos turísticos deste mundo, você as vê e suspira pelo dia que finalmente poderá ir e conferir pessoalmente as belezas que lente fotográfica alguma é capaz de capturar, apenas e tão somente a lente dos olhos consegue.
Não nego com isso a superior importância da fé que crê sem ver, esse dom tão necessário para o crescimento e maturidade na vida cristã. O que aprendo com a humildade e franqueza de Tomé é que sim, precisamos ver, queremos ver, temos a capacidade dada por Deus para podermos ver e admirar as visões que ele nos permitir. Porque algumas visões simplesmente não teremos, serão negadas a nós pela soberania dEle. Tudo bem, porque conforta saber que Ele não se ofende por nosso desejo de ver e, como um Pai, sabe equilibrar cada fase do nosso crescimento e aquilo que temos capacidade e estrutura para ver.
Exatamente isso aconteceu com os visitantes do Oriente que seguiram uma estrela até Belém para verem e adorarem o menino Deus. Essencialmente foi uma jornada de fé. Quando já estavam na região, Herodes exigiu uma audiência com eles, foram, ouviram e partiram. Continuaram a andar única e exclusivamente pela fé. Por um tempo já não mais havia nenhuma estrela para os guiar, porém “Depois deste encontro (com Herodes) os sábios puseram-se a caminhar outra vez. Então a estrela apareceu-lhes novamente, sobre Belém. E vendo a estrela, a ALEGRIA deles foi ENORME!” Mateus 2:9-10, BV.
Gosto da expressão “a alegria deles foi enorme!”, pois revela uma alegria apenas e tão somente porque viram uma estrela no céu. Era um sinal, uma certeza, um farol, uma confirmação de que estavam no caminho certo, por isso tamanha alegria. Ainda não era o Cristo, o Emanuel, mas era a visão que tornava sua caminhada uma caminhada segura e confiante. Talvez seja isso que cada um de nós gostaria, uma visão, uma pequena estrela dada por Deus que assegurasse a nós que estamos no caminho certo, pois errar é tudo que não queremos e, por vezes, é tudo que conseguimos.
A particular jornada de cada um também terá seus tipos de Herodes, deserto, noites de frio, pressão e, ufa, estrela! Continuar com fé poderá nos possibilitar a mais sublime das visões: contemplar o menino Jesus. O menino que nasce todo dia nos lares mais improváveis, nos corações mais endurecidos, nas vidas mais impensáveis. Em meio as pressões do seu particular Herodes e das noites da alma que enfrenta, experimente olhar para cima, assim como Ele teve misericórdia dos sábios e fez brilhar uma estrela, poderá também fazer você ver a Sua luz, nessa hora se alegre intensamente, a beleza e o sentido do natal estarão mais próximos do que você possa imaginar.
Paz!
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