CANTOR LUIZ PAULO: Adolescentes defendem sua fé e acabam presas

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Adolescentes defendem sua fé e acabam presas

Mais de 11.000 pessoas foram detidas na Etiópia nos últimos meses. Quinze pessoas morreram em violentos protestos contra o governo no ano passado. Em meio a isso tudo, um dos casos que mais chamou a atenção foi a prisão de quatro adolescentes acusadas de “incitar a violência religiosa”.


Eden, Gifti, Mihiret e Deborah, com idades variando entre 14 e 18 anos, foram mandadas para a penitenciária de adultos em Gelemso, na região de Oromiya, de maioria muçulmana. O “crime” delas foi ter distribuído literatura cristã. Embora ainda caiba recurso, elas não sabem se terão um julgamento justo.

Tudo começou quando líderes islâmicos da região onde elas moram começaram a atacar os cristãos, fazendo ameaças e espalhando boatos. As adolescentes receberam de sua igreja várias cópias do livro “Vamos falar a verdade em amor: Respostas às perguntas de Ahmed Deedat”.

Já falecido, Deedat foi um influente líder muçulmano da África do Sul que afirmava ter ligações com Osama Bin Laden. Ele era conhecido por seus discursos onde ridicularizava a fé cristã, em particular a crucificação e a ressurreição. Os muçulmanos na Etiópia não gostaram que a literatura distribuída por elas questionava as acusações e defendia a fé cristã.

As 4 foram acusadas de ‘incitar violência religiosa’, Eden, que foi espancada em sua primeira noite na prisão, afirmou: “Este sofrimento é uma honra para nós. Devemos esperar a perseguição. Não temos medo. Estamos louvando e orando aqui na prisão”.

Já Deborah disse: “É uma honra ser presa por causa do Reino de Deus”.,

Massacre religioso

A região de Oromiya está no centro da agitação atual de Etiópia. O povo da região tem sido perseguido pelo governo há muito tempo. Mais de 20 pessoas foram acusadas nos últimos dias de incitar a violência nas escolas da região e de planejar atentados terroristas.

Quase metade dos oromos são muçulmanos, mas os evangélicos são o grupo religioso que mais cresce. Além disso, muitos ainda seguem a religião tradicional da região, que adora espíritos da natureza. No mês passado, cerca de 700 pessoas foram massacradas por radicais islâmicos durante um festival cultural chamado Irreecha.

Os assassinados reclamavam que estava sendo praticada blasfêmia. O caso gerou indignação internacional. Como resultado, foi declarado “estado de emergência” na região.

Etiópia ocupa a 18ª posição na lista de perseguição mundial elaborada pela Missão Portas Abertas. Com informações Christian Today

Fonte: Gospelprime

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